Pegada Astrológica Por ClaudiaVannini
24 de Outubro de 2015 - Lua Crescente em Peixes
Combater? Não, não. É um Sábado de #amor. Ternura, romance e compaixão podem surgir em várias situações do seu dia. Urano e Marte tentam, de alguma forma, trazer provocação para sua estabilidade. O desafio aqui é dizer: "Não, Obrigado! Estou em outra vibração. "
Ao confrontar dois gigantes como Marte e Urano com o poder de Vênus, Júpiter e Plutão, você quebra qualquer possibilidade de discussão, guerrinhas e ironias. Signos pressionados hoje? Todos ou nenhum. É um dia de livre arbítrio para caminhar numa vibração amorosa ou para entrar em guerras.
A Lua beneficia nossa face amorosa e a #compaixão.
Compaixão! Palavra mal compreendida. Como hoje é #Sábado e estamos com o coração mais receptivo, vamos ampliar um pouco a conversa com Dalai Lama? Seja feliz na Terra, faça alguém feliz. NAMASTE _/\_ #astrologia #claudiavannini #pegadaastrológica #amor ##dalailama
A FUNÇÃO DO AMOR E DA COMPAIXÃO por Dalai Lama em 1999, Curitiba – Brasil
“Gostaria de explicar qual é a importância do amor e da
compaixão. É importante saber o que é compaixão, algumas vezes pensamos que é
pena, mas isso não é compaixão. Compaixão é o senso de preocupação, mas mais do
que isso, é a noção clara de que todos os seres têm exatamente o mesmo direito
à felicidade. Essa compreensão é que nos traz a compaixão.
Também um outro aspecto
que costuma ser confundido com compaixão é a sensação de proximidade, de
ligação que temos com amigos e parentes. Mas isso não é compaixão verdadeira,
porque esse sentimento está ligado ao apego.
Muitas vezes, nosso senso
de preocupação com o outro depende da atitude que ele adota. Se a pessoa age de
forma negativa, nosso senso de compaixão desaparece. Mas um senso de compaixão verdadeiro
é o que nos leva a ver o outro como tendo exatamente o mesmo direito que eu à
felicidade. A compaixão que se assenta no apego não se sustenta. A que se
baseia na compreensão da igualdade de todos os seres é desprovida de apego, e é
verdadeira.
Qual é o benefício da
compaixão? Ela nos traz força interior. Geralmente, temos um senso de "eu,
eu, eu". E nossa mente centra tudo em nós mesmos. Então, todas as
experiências negativas, mesmo pequenas, se tornam muito dolorosas, enormes. Mas
quando pensamos nos outros, nossa mente se amplia, e os nossos pequenos
problemas se tornam realmente pequenos, e as coisas negativas não prejudicam
nossa mente.
Alguns, quando
experimentam tragédias que são involuntárias, se sentem enterrados em uma
montanha de sofrimento. Mas, por outro lado, quando se pensa voluntariamente
nos problemas dos outros, se procura alivia-los de seus sofrimentos, essa
atitude voluntária traz uma abertura para o ser. Dessa maneira, mesmo em meio a
problemas pessoais, isso traz uma base de clareza, e a pessoa será capaz de se
sustentar.
Compaixão e bem estar — Quando se
pensa em compaixão por outras pessoas, alguns perguntam se isso não seria
sinônimo de autosacrifício. Não, não é. Porque não se deve ser negligente em
relação a si mesmo. E, baseado na minha própria experiência, acredito que se
deve ser compassivo em benefício próprio.
Um exemplo: uma vida
feliz precisa de amigos, apoio. Há amigos do dinheiro, amigos do poder, mas
para esses indivíduos, se o dinheiro acaba ou o poder se vai, a amizade também
acaba. Mas os amigos verdadeiros ficam.
Então, como criar amigos
verdadeiros? Se você tiver um sentimento de compaixão, terá mais amigos
verdadeiros. Mostre sentimentos gentis e sorria, e terá bons amigos. Porque
essa atmosfera pacífica será a sua base, que irá criar as condições para a
amizade.
A prática da compaixão
também é imensamente benéfica para a saúde. De acordo com a medicina, os que
tem mais compaixão, são mais interessados pelos outros, geralmente são mais
saudáveis quando comparados com pessoas egoístas. Os egoístas sofrem mais frequentemente
de enfartes e outras doenças.
A mente mais egoísta, mais
voltada para si mesma é muito ruim para a saúde. A mente mais compassiva, mais
voltada para o próximo traz mais tranquilidade, resultando por isso em saúde
muito melhor.
Vejamos a sociedade
atual, em que a criminalidade está crescendo, ligada a problemas econômicos e
sociais, como a diferença entre ricos e pobres (inclusive entre países ricos e
pobres). No nosso sistema educacional, muita atenção é dada ao desenvolvimento
do intelecto, e menor atenção é dada ao coração, aos sentimentos. Pois isso é
considerado tarefa da religião. E assim as crianças não recebem nenhuma
orientação sobre como serem mais compassivas e desenvolver um coração mais
generoso. Mas a compaixão é tão importante para a sociedade, que é incentivada
por todas as religiões.
AÕES EAs religiões e a COMPAIXÃO — Por causa
das diferenças filosóficas entre as grandes religiões existem diferentes
técnicas para desenvolver a compaixão e algumas diferenças da definição do que
seja. Mas basicamente todas elas falam da necessidade de se cultivar a
compaixão.
Portanto, sinto que mesmo
neste século, as maiores tradições religiosas tem um papel importante no
desenvolvimento dessas qualidades. Vejo aqui pessoas de diferentes tradições
religiosas, o que me faz sentir feliz, porque a tolerância religiosa é muito
importante. E acredito que, independente de diferentes tradições religiosas,
todos temos o potencial de ajudar a Humanidade.
Vim do Oriente e sou um
monge budista, assim, naturalmente, quando falo desses valores e do treinamento
da mente, o faço da minha perspectiva de monge budista. Mas é claro que não
quero influenciá-los. Vocês devem manter suas tradições religiosas, mudar de
religião não é bom, pode gerar mais confusão do que benefício. Portanto,
mantenham e sigam sua fé.
Cada uma das grandes
religiões tem coisas únicas, mas também há muita coisa em comum entre elas.
Assim, é sábio usar técnicas úteis de outras religiões, mesmo sem mudar de
religião. Até para aplicá-las na própria religião. Com isso, as tradições
religiosas diferentes desenvolvem respeito mútuo e compreensão. Isso é
fundamental.
A compaixão e a bondade
são indispensáveis. Sem esses valores não há felicidade. Mas muitos creem que a
prática de valores como a compaixão, o perdão e o amor são relevantes apenas
para os que praticam uma religião. Isso não é verdadeiro. Podemos ver que no
passado e presente existiram pessoas que mesmo sem nenhuma fé religiosa tinham
esse sentimento de cometimento, de responsabilidade, de compaixão pelo próximo.
Essas pessoas se tornaram mais felizes, mais úteis, mais benéficas para a
sociedade.
A UNIVERSALIDADE A UNIVERSALIDADE DA COMPAIXÃO — Podemos
questionar se o valor da compaixão, de um coração compassivo é universal. Eu
acredito que todos os seres humanos tem o mesmo potencial. Basicamente, o ser
humano é voltado para a vida e comunidade. Assim, a semente da compaixão está
lá, a semente do trabalho em conjunto está lá. É da natureza humana trabalhar
em conjunto. O individualista não pode sobreviver.
As abelhas também são
animais sociais. Não há polícia, não há um estado, no entanto trabalham em
conjunto. Uma abelha não pode ser individualista. Mas, diferentemente dos
outros animais sociais, o ser humano tem a capacidade de se votar ao altruísmo
ilimitado. Temos a semente da compaixão dentro de nós. Todos nós.
Quando vemos os
benefícios de uma mente compassiva, e o mal de uma mente não compassiva, é
fácil ver a diferença. Então, voluntariamente iremos analisar cada vez mais,
mudar cada vez mais a nossa atitude. E assim, dia após dia, mudamos.
O treinamento da mente
não pode ser imposto a ninguém. É preciso que nós mesmos vejamos os benefícios.
Pense sobre o que o ódio traz para sua vida, para sua saúde, para as pessoas
que estão à sua volta. Pense sobre a compaixão e o que traz. E assim, teremos o
ímpeto de cultivar certos valores, e rejeitar outros.
Dessa maneira crescemos a
cada dia, mas se não fazemos nada para reduzir nosso ódio e cultivar a
compaixão tudo ficará como está, a semente nunca irá germinar.
Normalmente nossos
problemas nascem por percebermos apenas o nível das aparências, e não a
realidade. Ficamos em nível de aparências, e com base nelas fazemos o nosso
julgamento. Também nos concentramos na felicidade a curto prazo, e não na de
longo prazo.”
Tradução do tibetano para
o inglês do monge LHAKDOR.
---------------
Comentários
Postar um comentário