#MEDIUNIDADE 24-25 por ClaudiaVannini - KARMA na PROFISSÃO

#MEDIUNIDADE 24-25 por ClaudiaVannini - KARMA na PROFISSÃO
No processo reencarnatório, podemos receber um desafio, uma missão ou um grande presente. Muito do que será resolvido na Terra ocorre pela escolha profissional. Podemos escolher nossa profissão por ter uma vaga lembrança ou afeição a um tema. Quem foi professor no passado, pode se sentir confortável como professor novamente. Nem por isso estará cumprindo seu KARMA = Ação Voluntária através desse trabalho. Quando temos outros temas para resolver ou aprender, podemos escolher a profissão que já dominamos. Assim, não gastamos energia no trabalho. Aquilo é para nós um velho conhecido. Isso significa que o desafio está em outro local. Talvez nos afetos, na família ou no crescimento espiritual. ]
Se minha busca maior na Terra é desenvolver relacionamentos pessoais seguros e tranquilos, posso solicitar uma vida profissional que eu domine. É a hora em que você, ainda criança, pega aquela lousa e começa a dar aula aos vizinhos. Como foi professor toda uma vida, desde pequeno manifesta o desejo de ensinar o que sabe. Alguns fazem isso no lar. Exercem o Magistério em casa. Ensinam os filhos, estudam com eles, ensinam os amigos, orientam vizinhos. Transformam-se em professores sobre temas diversos. Há professores na Universidade, na escola primária e há professores da Vida. Ensinam desde uma receita deliciosa de bolo até como chegar em algum lugar. Esse talento é evidente. Está impregnado  na memória espiritual.
Em outros casos, a profissão é um desafio. Ser professor, médico, mecânico ou faxineiro está na meta de Evolução. Normalmente, os caminhos são mais difíceis. O professor tem alunos que o desafiam a encontrar novas formas de ensino. O médico recebe pacientes que não aceitam o tratamento ou trabalham em locais precários, sem anestesia, sem agulhas, sem esparadrapo, sem luvas e precisam cumprir de alguma forma todo o procedimento com destreza. O mecânico vai para um ambiente onde há má fé dos patrões, uso de peças danificadas ou intrigas e sabotagens entre os colegas. Tem que encontrar uma forma de agir com aquelas peças e garantir o funcionamento dos equipamentos. O faxineiro encontra trabalho num local sujo, turbulento e não conta com ajuda das pessoas. Acaba de limpar e todos sujam. Vive às voltas repetindo o mesmo trabalho e nunca consegue encerrar dignamente sua missão. Nem que passe 24 horas limpando, aquele local estará sempre sujo ou desorganizado.
Qual o desafio!
Muitas vezes, a maior lição que a PROFISSÃO nos traz é lidar com o PODER de uma nova forma. No passado, após termos vivido o poder de forma errônea, abusando dos nossos talentos, despertamos no Plano Espiritual envergonhados do que fizemos.
Nessa hora, podemos embrutecer e querer repetir a profissão para buscar um desafeto aqui na Terra ou podemos transmutar a experiência. Podemos solicitar a mesma oportunidade, comprometidos em fazer de forma diferente e melhor.
Nem sempre conseguimos o que desejamos de forma tão simples. É aí que chega a SEGUNDA PROFISSÃO ou o HOBBY que tornou-se profissão.
Encontramos engenheiros que são músicos. Médicos que são administradores. Professores que são Artistas. Muitas vezes, a Alma fica numa profissão 25 anos, aprendendo como o Planeta funciona. Se cumpre sua saga com persistência e aprende o que é necessário para sua evolução, está liberada para seguir outro rumo.
A Alma pode também mudar o rumo logo no início por LIVRE ARBÍTRIO. Começa sua profissão como professor e percebe, logo nos primeiros anos, que aquilo vai além do que imaginava. Sente-se desconfortável ou inseguro. Nesse momento, a alma tem a liberdade de estudar algo novo e buscar uma nova profissão. Enquanto seus colegas de trabalho permanecem 30 anos no mesmo local, na mesma turma, na mesma atividade,aquela alma rompe seu Karma = AÇÃO VOLUNTÁRIA. Essa alma estuda um novo tema, prepara-se com todos os requisitos para a nova profissão e passa a servir feliz pelo coração.
A permanência numa profissão sem alegria é uma Ação Voluntária da Alma. Sofrer, trabalhar em más condições, ser mal remunerado ou ser mal tratado pelo grupo é KARMA. Quando entendemos que KARMA não é castigo, mas sim ação voluntária, compreendemos que um médico sofre 30 anos num local enquanto seus colegas sentem-se privilegiados pela função. Cada um olha o projeto sob sua ótica.
Um médico plantonista da emergência pode se sentir um herói ou um sofredor.
Um professor que atua numa escola com violência e sem direção firme pode se sentir um salvador da pátria ou um escravo da sua função.
A Alma sempre encontra justificativas para permanecer no sofrimento.
As justificativas mais comuns são:
- o salário é péssimo, mas não há cobranças dos superiores. Faço lá o que desejo.
- o ambiente é horrível, mas há uma garantia para o futuro. Ninguém é mandado embora daquele local.
- odeio o que faço, mas para mudar agora seria um esforço gigantesco. Teria que recomeçar do zero.
- depois de tanto sofrimento, teria que voltar a estudar.
- o ambiente é péssimo, mas é perto de casa e não preciso usar transporte.
- detesto minha função, mas não posso me arriscar em algo novo.
Imaginamos que médicos são felizes e professores são infelizes. É uma cultura antiga no Brasil. Médico, Advogado e Padre toda família tinha que ter. Atendendo todas as profissões, compreendi que há professores muito felizes. Adoram a sala de aula, adoram os alunos e adoram o desafio do conhecimento. Vi médicos infelizes, tristes e com o corpo físico todo machucado pelas horas exaustivas de plantão. Alguns chegam a uma boa remuneração, mas são tão infelizes quanto outros profissionais. Vi advogados repletos de obsessores, deprimidos pela lentidão da Justiça e cheios de rancor em relação ao ser humano.
Conheci padre completamente infeliz. Desesperado para se libertar do que conquistou. Desesperado para romper os votos com o Plano Espiritual. Repleto de obsessores que causaram doença física e mental.
A conclusão que cheguei foi bastante simples:
- Achar que uma profissão é KARMA justifica a preguiça que a Alma tem em evoluir. Para mudar de profissão ou ser feliz na profissão escolhida, temos que nos relacionar e viver as mazelas da Humanidade.
A escola é a Sociedade em miniatura. O consultório médico é o tanque onde se lava a roupagem perispiritual. A Igreja ou o Local Religioso é o balcão das lamúrias. O escritório do Advogado é o local onde os pecados são explícitos. Ali, nosso caráter fica exposto, claro e nossos desejos mais primatas são lançados sobre a mesa.
Quem está do outro lado da mesa tem que compreender como sua função pode mudar o grupo. Se sou um professor, tenho que criar em meus alunos o amor pelo conhecimento. Há muita emoção em uma biblioteca, dependendo de quem conduz a visitação.
Se sou médico, tenho que criar saúde. Se sou padre ou líder religioso, tenho que apresentar o DIVINO às pessoas que me procuram. Se sou Advogado, tenho que compreender que a Lei mostra o Pecado do Homem. Sou o mediador entre aquele que peca e aquele que sofre o efeito do pecado.
Quando não estou disposto a esta atitude, devo ter a PAZ de me libertar do sofrimento. Tenho que buscar um novo estudo, um novo caminho e ter a paciência de recomeçar.
TENHO QUE TER A HUMILDADE de ESTUDAR um NOVO TEMA, reconhecer que não estou feliz e cumprir todas as etapas da nova escolha. Pode ser que isso gere um problema financeiro ou uma instabilidade momentânea. Se estou infeliz, TENHO A RESPONSABILIDADE de traçar um novo projeto para minha vida. Tenho que estar disposto ao julgamento da Sociedade, da minha família e dos meus clientes ou colegas. Eles podem nunca compreender como você abandonou uma profissão e seguiu em nova jornada. Eles podem  nunca compreender que você não é um desertor. Apenas entendeu que estava no local errado, fazendo algo que não combinava com seus anseios. Sua família pode ficar muito frustrada por você abandonar a Medicina após todo o investimento feito. Todo mundo que opta por uma nova vida está sujeito à incomprensão dos que ficam na vida antiga.
Nem sempre fazemos escolhas corretas quando chegamos à Terra. Temos que assumir isso.
NEM TUDO É KARMA!
Algumas escolhas são passageiras, são a ponte que nos leva a um local ou ao conhecimento de novos temas. Imaginar que o Ser Humano, tão repleto do Divino, tem apenas uma função aqui na Terra é minimizar seu potencial. O Plano de Deus é maior para a Humanidade.
Imagine-se como um livro antigo com 500 páginas.
Em cada página há um EU DIMENSIONAL.
Na primeira, sou estudante. Na segunda, sou médico, Na terceira, sou professor. Na quarta, sou artesão.
Na quinta, sou eletricista, terapeuta, juiz, faxineiro, motorista, atleta, músico, dentista......e assim formo várias oportunidades em diversas dimensões.
Seria correto imaginar que nasci na página 1 e sou obrigado a nela permanecer!
Posso ficar mais tempo, uma vida, várias vidas na página 1. Um dia, terei que seguir para a página 2 e descobrir em mim o outro talento. Ou faço por curiosidade, inteligência criativa ou porque a situação tornou-se insustentável e o Universo me expulsou da página 1.
Meu desejo é que todos enxerguem as demais páginas, ainda que não seja a hora de visitá-las.
ClaudiaVannini
NAMASTE

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